Departamento de Estado acusa TV aliada do governo a estimular ataque.
Embaixada da França também foi alvo de multidão pró-Assad.
DO G1
O Departamento de Estado dos EUA condenou formalmente a Síria nesta segunda-feira (11) por falhar ao garantia a segurança da embaixada americana no país, em Damasco, após um ataque que, segundo os EUA, foi encorajado por uma TV pró-regime."Uma estação de TV que é fortemente influenciada pelas autoridades sírias encorajou essa violenta demonstração", disse o departamento em comunicado.
"Nós fortemente condenamos a recusa do governo sírio a proteger nossa embaixada, e pedimos compensação pelos danos", diz o testo. "Apelamos ao governo sírio para que cumpra suas obrigações para com seus cidadãos também."
Mais cedo, partidários do presidente Bashar al Assad tentaram invadir as sedes das embaixadas dos EUA e da França em Damasco, segundo diplomatas dos dois países.
Na embaixada francesa, guardas tiveram de disparar com munição de verdade para dispersar a multidão, depois que algumas pessoas conseguiram entrar no prédio.
O grupo continuava cercando o local, mas os soldados não chegaram a fazer novos disparos.
No prédio da embaixada dos EUA, a multidão tentou entrar, nas logo deixou o local. Um funcionário americano, que não se identificou, disse à agência Reuters que a resposta das autoridades foi "lenta e insuficiente".
Não há relatos de vítimas em nenhum dos dois ataques, e os funcionários não ficaram em situação de risco.
A casa do embaixador norte-americano na capital síria também foi alvo de uma investida dos manifestantes partidários de Assad, segundo uma autoridade dos EUA.
Na quinta-feira, os embaixadores dos EUA e da França visitaram a cidade de Hama, um dos focos das revoltas populares pró-democracia e contra o regime de Assad.
Uma autoridade americana disse à Reuters que os EUA devem chamar o principal diplomata sírio em Washington para prestar satisfações sobre o incidente.
Um funcionário americano acusou no domingo Damasco de orquestrar os protestos em relação à viagem de Ford para Hama, que, segundo as autoridades sírias, demonstrou uma "interferência flagrante" nos "problemas domésticos" do país árabe.
Ford e o embaixador francês Eric Chevallier visitaram Hama na quinta-feira em meio a temores sobre uma ofensiva sangrenta realizada por parte das forças de Assad após as orações de sexta-feira, com tanques cercando a cidade.
Nos últimos meses, tem ocorrido uma escalada de tensões entre Damasco e Washington relacionada à resposta feroz dada pelo governo sírio aos protestos da oposição, que busca derrubar Assad.
As forças de segurança mataram pelo menos 15 pessoas no país na sexta-feira e prenderam mais de 200, segundo ativistas, embora nenhuma morte tenha sido registrada em Hama.
Grupos de direitos humanos afirmam que desde o início dos protestos contra o regime, em meados de março, as forças de segurança mataram mais de 1.300 civis e prenderam pelo menos 12 mil.
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