segunda-feira, 27 de junho de 2011

Eis o Sarneyquistão, o Estado que abriga 32 dos 50 municípios mais miseráveis do país”

Há 46 anos, Sarney, ao lado de sua família e apaniguados, comanda o Estado que continua ostentando os indicadores sociais mais vexatórios do país, comparáveis aos das nações mais desvalidas do planeta.
Leonardo Coutinho
Veja
No Maranhão, um em cada quatro moradores vive com renda familiar per capita entre zero e R$ 70 – um total de 1,7 milhão de pessoas, que representam 25,7% da população. Foto: Celso Junior / AE
No Maranhão, um em cada quatro moradores
vive com renda familiar per capita entre zero e R$ 70 –
um total de 1,7 milhão de pessoas, que representam
25,7% da população. Foto: Celso Junior / AE
“A terminação “istão”, em algumas das línguas faladas na Ásia Central, significa “lugar de morada” ou “território”. Assim, o Quirguistão é o lugar de morada dos quirguizes. O Cazaquistão, o território dos cazaques, e o Tadjiquistão, dos tadjiques. Também por esse motivo, o estado do Maranhão – tão miserável quanto as antigas repúblicas da extinta União Soviética e igualmente terminado em “ão” – poderia muito bem ser rebatizado de Sarneyquistão.
Há 46 anos, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), ao lado de sua família e apaniguados, comanda o estado que, segundo o Censo 2010, abriga 32 dos cinqüenta municípios mais miseráveis do país.
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Quando Sarney chegou pela primeira vez ao poder, no longínquo ano de 1965, o Maranhão ocupava as últimas posições do ranking nacional de desenvolvimento. A partir de então, seu grupo venceu dez eleições para governador, chefiou o Executivo local por 41 anos e… conseguiu o feito de nada mudar.
O “Sarneyquístão” continua ostentando os indicadores sociais mais vexatórios do país, comparáveis aos das nações mais desvalidas do planeta. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) concluído há duas semanas mostra que a pobreza extrema atinge 14% da população. Em 82 das cidades do estado, a renda média é inferior ao que o Bolsa Família paga em benefícios.
Indicadores sociais do Estado do Maranhão.
Indicadores sociais do Estado do Maranhão.
Outro estudo afirma que 78% dos maranhenses dependem de algum programa oficial de transferência de renda. E não foi a natureza que condenou os maranhenses à miséria.
O estado foi um dos mais prósperos do Brasil até o século XIX. Tem uma localização estratégica, mais próximo dos países ricos do Hemisfério Norte, e terras férteis (que só recentemente, com o cultivo da soja, passaram a ser devidamente exploradas). Seus habitantes vivem no atraso por outras razões.
O historiador Wagner Cabral da Costa, da Universidade Federal do Maranhão, identifica três delas. Nos anos 60, o governo estadual distribuiu grandes extensões de terra a empresas privadas, com a justificativa de assim desenvolver a economia local. A conseqüência foi a formação de latifúndios improdutivos que, utilizados para atividades altamente subsidiadas, como a exploração de madeira e pecuária, resultaram em quase nenhum retorno financeiro para a economia maranhense.
O autor da medida? Ele mesmo, José Sarney. Pautados pelo menos duvidosos critérios que não necessariamente os do interesse público, seus sucessores deram continuidade ao erro, esvaziando os cofres do estado para levar para lá indústrias que demandavam pouca mão de obra. Resultado: metade da população economicamente ativa hoje depende da pequena agricultura.
Segundo o historiador, a terceira razão do atraso é a corrupção. “No Maranhão, ela é endêmica”, diz Cabral da Costa. “A rigor, a República nunca chegou por aqui.”
Em quase cinco décadas, Sarney só perdeu o domínio sobre o seu Sarneyquistão uma vez. Em 2006, Jackson Lago (PDT) derrotou sua filha e herdeira política, Roseana, que concorria ao terceiro mandato de governadora. Mas foi apenas um hiato na história. Em 2009, Lago teve o mandato cassado por compra de votos. Morreu há três meses, não sem antes ver seu adversário ressurgir das cinzas com uma aliança inusitada. Com apoio do ex-presidente Lula, Sarney engajou o PT no projeto de perpetuação de seu clã, conseguiu mais um mandato para Roseana e indicou os titulares dos principais órgãos federais do estado. Lá, a aliança dos dois antigos inimigos foi batizada de “sarnopetismo”. O Maranhão não merecia mais essa praga.

domingo, 26 de junho de 2011

Ministro da Saúde manda bloquear emendas parlamentares

DE SÃO PAULO:
O ministro Alexandre Padilha mandou bloquear as emendas parlamentares destinadas à compra de medicamentos e vai pedir ao Planalto que envie ao Congresso um projeto para redirecionar os valores à rúbrica genérica "Atenção à Saúde Básica", informa o "Painel" da Folha editado por Renata Lo Prete, na edição deste domingo da Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
A providência foi tomada depois que o TCU emitiu alerta diante do volume dirigido ao item "Assistência Farmacêutica" --R$ 85 milhões propostos no Orçamento deste ano. O montante elevado traz à lembrança o esquema de superfaturamento na compra de ambulâncias revelado em 2006, quando 72 congressistas foram parar no relatório final da CPI dos Sanguessugas.
Leia mais na Folha deste domingo, que já está nas bancas.

sábado, 11 de junho de 2011

Prefeita de Brejo de Areia não gosta de prestar conta

Onde existir notícia de que um prefeito não prestou conta de dinheiro público, certamente lá estará o nome de Ludmila Almeida Silva Miranda. Prefeita de Brejo de Areia, ela está em todas. Essa semana figurou numa lista dos inadimplentes da verba da cultura.

Através da portaria 090, o Secretário de Cultura do Estado, Luis Bulcão, determinou a abertura de processo de Tomada de Contas Especial no município para apurar que fim foi dado ao dinheiro do convênio 158/2009 no valor de 36 mil reais. O dinheiro foi repassado em 2009 para a realização do carnaval, intitulado ‘Carnaval da Maranhensidade’.

Como até hoje a prefeita Ludmila não apresentou a comprovação dos gastos, cabe à Corregedoria Geral do Estado investigar o caso.


quarta-feira, 8 de junho de 2011

De novo: Nenzim é condenado a devolver mais R$ 3,6 milhões do Fundeb

Não é a primeira vez que TCE condena prefeito de Barra do Corda a devolver recursos.
O TCE condenou Nenzim a devolver mais R$ 3,6 milhões.
O TCE condenou Nenzim a devolver mais R$ 3,6 milhões.
Recursos malversados do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) foram responsáveis por débitos no total de R$ 3,6 milhões a serem devolvidos pelo prefeito de Barra do Corda, Manoel Mariano de Sousa, o Nenzim.
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Nenzim chegou a ter a sua prisão preventiva decretada neste ano, e ser considerado foragido, depois da Operação Astiages, da Polícia Federal.
Em março deste ano, o prefeito de Barra do Corda foi condenado, também pelo TCE, a devolver R$ 264 mil aos cofres do município e ao pagamento de multas que, somadas, chegam a R$ 188 mil. O débito diz respeito a despesas sem comprovação ou com documentação suspeita detectadas na prestação de contas referente ao exercício de 2006, reprovada pelo Tribunal.

Acabou a farra! CCJ do Senado proíbe ‘prefeito itinerante’ Política 08-06-2011 às 20:21

Proposta foi aprovada em caráter terminativo e seguirá diretamente para a Câmara.
Edson Sardinha
Congresso em Foco
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou hoje (8) apenas uma das quatro propostas relacionadas à reforma política incluídas na pauta, sugeridas pela comissão especial criada para tratar do assunto.
Os senadores acolheram o projeto que impede prefeitos e vice-prefeitos de transferir o domicílio eleitoral enquanto estiverem no exercício do mandato, uma iniciativa para coibir os ‘prefeitos itinerantes’.
Mais polêmicas, as outras três propostas – a que acaba com a reeleição, a que extingue as coligações partidárias nas eleições proporcionais e a que amplia para cinco anos o mandato para os cargos do Executivo – tiveram sua votação adiada. Essas proposições só devem ser votadas na próxima quarta-feira.
O relator do PLS 265/2011, José Pimentel (PT-CE), disse que a proibição de transferência eleitoral para prefeitos tem como objetivo impedir a burla à legislação, que proíbe a recondução ao cargo por mais de duas vezes.
Alguns prefeitos mudam o domicílio eleitoral no último ano de mandato para buscar a eleição em outro município. Pimentel afirmou que a mudança é necessária para inibir a perpetuação no poder de clãs políticos.

Ex-prefeitos maranhenses terão que devolver mais de R$ 14 milhões do Fundeb

Do blog do Garrone:
Recursos malversados do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) foram responsáveis por débitos no total de R$ 14,8 milhões a serem pagos por três gestores maranhenses. O débito mais alto, de R$ 8,6 milhões coube ao ex-prefeito de Rosário, Ivaldo Antonio Cavalcanti, que não prestou contas do exercício de 2008 e teve suas contas tomadas in loco pelo Tribunal.
Além dos R$ 8,6 milhões do Fundeb, Ivaldo foi condenado a repor ao erário um total de R$ 10 milhões, o que corresponde à totalidade do orçamento do município naquele ano, já que a documentação analisada pelo TCE não foi capaz de comprovar nenhum dos gastos feitos no período, levando o Tribunal a reprovar as contas de governo e julgar irregulares as contas da administração direta e de todos os fundos municipais.  Somente em multas, o ex-prefeito terá que arcar com uma conta de R$ 3,7 milhões. Cabe recurso.
Atual prefeito de Barra do Corda, Manoel Mariano de Sousa, o Nenzim, foi condenado a devolver R$ 3,6 milhões em recursos do Fundeb. O gestor, que chegou a ter sua prisão preventiva decretada neste ano depois de operação da Polícia Federal, teve suas contas relativas a 2009 rejeitadas pelo TCE, envolvendo contas de governo, gestão, FMS, FMAS e Fundeb. As multas a serem pagas pelo prefeito, decorrentes das irregularidades detectadas, somam mais de R$ 200 mil. O prefeito pode recorrer da decisão.
O terceiro gestor condenado a devolver recursos do Fundeb é Edval Batista da Cruz, ex-prefeito de Vila Nova dos Martírios, cujas contas relativas ao exercício de 2008 foram reprovadas pelo TCE. Além dos recursos do Fundeb, no total de R$ 2,6 milhões, o ex-prefeito foi condenado a devolver recursos do Fundo Municipal de Saúde (R$ 542,6 mil), e das contas de gestão (R$ 53,6 mil). O total de multas a serem pagas pelo ex-prefeito é de R$ 96,4 mil.
Na mesma sessão, o Tribunal julgou irregulares as contas de gestão de Francisco Cardoso da Silva (São Raimundo das Mangabeiras, 2007, com débito de R$ 12 mil e multas no total de R$ 42,4 mil), mesmo aprovando com ressalvas suas contas de governo. Também foram julgadas irregulares as contas do FMAS e do FMS, sendo as do Fundeb julgadas regulares com ressalva.
O ex-prefeito de Duque Bacelar, Francisco de Assis Burlamaqui, teve suas contas de 2007 reprovadas pelo TCE, envolvendo contas de governo, gestão e dos fundos municipais. Com débito de R$ 90 mil em recursos do Fundo Municipal de Saúde e multas no total de R$ 43,2 mil.
Em grau de recurso, o TCE aprovou as contas de Aquiles Ferreira Guimarães, ex-prefeito de São Domingos do Azeitão, relativas ao exercício de 2004.
Em relação às câmaras municipais, o TCE julgou irregulares as contas de Raimundo Nonato da Silva (Governador Archer, 2006, com débito de R$ 13,2 mil e multas no total de R$ 7,6 mil), Ataíde Sampaio (Cidelândia, 2009, com débito de R$ 66 mil e multas no total de R$ 29,7 mil), José Ferreira de Araújo (São Benedito do Rio Preto, 2008, com débito de R$ 13,9 mil e multas no total de R$ 26,2 mil), João Luiz da Silva (São João dos Patos, 2006, com débito de R$ 38 mil e multas no total de R$ 28 mil)

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Natalino Salgado é reeleito reitor da Universidade Federal do Maranhão

O resultado oficial foi divulgado na noite dessa quarta-feira (1º), pela coordenadora da Comissão de Consulta Prévia, Maria Elisa Lago Borges.
Giselle Marques, Carol Veloso e Keyle Monteiro
Comunicação UFMA
Natalino Salgado afirmou que o processo da consulta prévia é importante e democrático. Foto: Kamaleao.
Natalino Salgado afirmou que o processo da consulta prévia é importante e democrático. Foto: Kamaleao.
Com três Professores Doutores candidatos à Reitoria e um à Vice-Reitor, a maior Consulta Prévia da história da Universidade Federal do Maranhão evidenciou a preferência da comunidade acadêmica pela reeleição de Natalino Salgado, para o período 2011-2015.
Com a proposta de consolidar o crescimento da UFMA com inovação e inclusão social, Natalino foi o primeiro a inscrever-se para concorrer ao cargo máximo da Instituição e, como candidato nº 1, teve 76,9% dos votos válidos, sendo o mais votado, liderando uma lista tríplice a ser analisada pelo CONSUN. O Ministro Fernando Hadad nomeará o futuro Reitor da UFMA e a posse se dará em outubro.
A maior consulta prévia ocorreu em clima de normalidade, com o voto livre, direto e democrático da comunidade universitária. Todos os candidatos inscritos tiveram a oportunidade de divulgar seus programas e disseminar suas idéias. Os mais diferentes recursos de propaganda foram utilizados dentro dos limites determinados pela Resolução 151 do CONSUN, aplicada e fiscalizada rigorosamente pela Comissão Eleitoral.
Cláudia Durans, candidata nº 2, com o slogan “Autonomia, Democracia e Austeridade”, teve 7% dos votos. A candidata Sirliane Paiva, com o slogan “Gestão Pública, Democrática e Transparente”, foi a última a inscrever-se no processo, ficando em 2º lugar na lista tríplice, com 14,66% dos votos da comunidade. O percentual de votos nulos e em branco foi inferior a 2%.
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“Polícia Federal deflagra nova operação para prender prefeitos do Piauí e Maranhão”

 Do blog do Cardoso:
O blog obteve informações agora há pouco que, durante as primeiras horas de amanhã (2), a Polícia Federal irá defragrar uma nova operação, com prisões envolvendo prefeitos dos estados do Piauí e Maranhão.
Agentes e delegados da Polícia Federal já estão em solo piauiense e também já se dirigiram para o interior do Maranhão.
Aguarde mais informações.

Maia suspende até terça decisão de comissão que convocou Palocci


Deputado do PMDB pediu em plenário a anulação da decisão da comissão.

Presidente da Câmara disse que, antes de decidir, ouvirá deputados.


Do G1:

O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), determinou a suspensão até terça-feira do resultado da votação da Comissão de Agricultura que na manhã desta quarta-feira (1º) aprovou a convocação do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci (veja no vídeo ao lado).
A decisão de Maia é resultado de questão de ordem apresentada em plenário pelo deputado Paulo Piau (PMDB-MG), que pediu a anulação da convocação do ministro pela comissão. A oposição quer que Palocci explique por quais razões teve o patrimônio multiplicado por 20 entre 2006 e 2010, segundo reportagem do jornal "Folha de S.Paulo". No período, Palocci exerceu mandato de deputado federal e coordenou a campanha presidencial de Dilma Rousseff.
“Pelos argumentos que tenho colhido sobre o tema, e considerada a complexidade da questão, e destacando que o deputado Lira Maia (DEM-PA) tem se pautado pelo cumprimento do Regimento Interno, a Presidência não pode desconsiderar que a questão de ordem vem assinada por mais de 30 deputados da comissão que estavam presentes”, afirmou Marco Maia.
Arte denúncias Palocci 27/05 9h50 (Foto: Editoria de Arte / G1)
O presidente da Câmara disse que, antes de tomar uma decisão, quer assistir ao vídeo da sessão, conversar com o presidente da comissão, deputado Lira Maia (DEM-PA), verificar as notas taquigráficas e ouvir parlamentares que participaram da sessão.
"Quero a luz para tomar uma decisão equilibrada", disse Maia. "Tomarei a decisão final na próxima terça-feira", declarou.
A votação na comissão
Antes da votação do requerimento apresentado pelo deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) na Comissão de Agricultura da Câmara, o presidente da comissão, Lira Maia (DEM-PA), consultou os integrantes do colegiado: “Os deputados que aprovam permaneçam como estão.”
Os integrantes da base governista, em maioria na comissão, ficaram confusos e nem todos levantaram os braços para rejeitar a matéria. Entre a abertura e o encerramento da votação, passaram-se cerca de sete segundos.
O presidente da comissão, que é da oposição, declarou então a votação encerrada e aprovou o requerimento convocando Palocci.
O requerimento do deputado do DEM solicita a convocação de Palocci para “explicar os termos da consultoria prestada pela projeto a empresas do ramo agroindustrial objeto de denúncia vinculadas na internet”.
Versões
Para a oposição, o governo "comeu mosca" durante a votação do requerimento na comissão. Para os governistas, houve um "golpe".
O autor do requerimento, Onyx Lorenzoni, disse que o regimento da Câmara foi cumprido.
"O que aconteceu foi que a assessoria do governo dormiu, comeu mosca literalmente." Segundo Lorenzoni, "muitos [deputados] estavam distraídos e não se manifestaram" quando o presidente da comissão orientou para que os que aprovassem ficassem como estavam."A base governista, habituada a votar sim em tudo, não prestou atenção na hora de votar. E agora o presidente da comissão está encontrando uma forma de convalidar essa votação. A matéria foi vencida, o requerimento foi aprovado e Palocci está convocado", disse o líder do DEM, ACM Neto (BA), logo após a votação na comissão.
O líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), e o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, classificaram de "golpe" a ação dos oposicionistas na Comissão de Agricultura.
Para Vaccarezza, a oposição foi beneficiada pelo presidente da comissão, Lira Maia (DEM-PA), que encerrou a votação sem que fosse dado tempo para a manifestação dos integrantes da base.
"Não pode colocar em votação e declarar o resultado sem sequer dar tempo para aqueles que se posicionarem contrário levantessem os braços. Isso foi um golpe. Nós não aceitamos", declarou Luiz Sérgio.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Justiça determina afastamento imediato da prefeita Bia Venâncio

DO BLOG DO CARDOSO:
Prefeita não foi encontrada por oficiais de justiça para receber os mandados de notificação.
Foi determinado ao presidente da Câmara dar posse ainda hoje ao vice-prefeito.
CGJ/MA
A prefeita de Paço do Lumiar, Glorismar Rosa Venâncio, a Bia Venâncio, deve deixar o cargo imediatamente, de acordo com decisão de juízes da força-tarefa do projeto “Pauta Zero”, da Corregedoria Geral da Justiça, que acataram duas ações civis públicas contra atos de improbidade administrativa cometidos pela gestora municipal, ambas de autoria do Ministério Público estadual.
Juízes do Pauta Zero determinaram afastamento imediato da prefeita Bia Venâncio.
Juízes do Pauta Zero determinaram afastamento imediato da prefeita Bia Venâncio.
A prefeita não foi encontrada por oficiais de justiça, na tarde dessa quarta-feira, 1º, para receber os mandados de notificação, que foram entregues ao presidente da Câmara, a quem foi determinado dar posse ainda hoje ao vice-prefeito. Novos mandados serão expedidos ainda nesta quinta-feira, atingindo ex-prefeitos de Paço do Lumiar e outros implicados.
As ações integravam acervo de 3.000 processos para análise, despachos e sentenças da 1ª Vara de Paço do Lumiar, o alvo da sétima edição do “Pauta Zero”, com encerramento na manhã dessa quinta-feira, 2, no auditório da ESMAM (Renascença). É a primeira vez que o projeto criado pelo corregedor-geral da Justiça, desembargador Antonio Guerreiro Júnior, com a aprovação unânime do TJMA, analisa atos por improbidade administrativa.
No Processo nº 1535-12.2010.8.10.0049, o MPE afirma que a prefeita é diretamente responsável por fraude na prestação de contas da Secretaria Municipal de Educação, revelada por assinatura do contador Alexandre Santos Costa em documentos apresentados ao Tribunal de Contas do Estado (TCE).
O Processo nº 637.96.2010.8.10.0049 trata de Ação Civil Pública com pedido de antecipação de tutela, no qual o MPE sequencia atos de nepotismo da prefeita e pede a exoneração de todos os servidores Paço do Limiar que tenham cargo em comissão e relação de parentesco com a prefeita, o vice-prefeito e vereadores.
O MPE alega que Bia Venânciou nomeou para o exercício de cargos em comissão oito parentes até terceiro grau, e também dos vereadores Francisco Pereira Filho, Raimundo Pedro Silva e Orlete Mafra.
O órgão ministerial argumenta na primeira ação que Alexandre Santos Costa foi coordenador contábil da prefeitura de Paço do Lumiar, quando detectou irregularidades contábeis e administrativas em procedimentos licitatórios realizados pela Secretaria Municipal de Educação, e que resultaram em prejuízo superior a R$ 16 milhões ao erário público.
O contador comunicou os fatos a Bia Venâncio, que prometeu montar “equipe para fazer o reparo” na documentação e pagamentos. Em 2 de março do ano passado o contador pediu exoneração do cargo após constatar que as irregularidades não seriam sanadas. A rubrica dele aparece nos documentos entregues ao TCE, contudo exame grafotécnico do Instituto de Criminalista do Maranhão confirmou não ser sua a assinatura na prestação de contas.
Um dos argumentos jurídicas apresentados pela prefeita, ao ser intimada a se manifestar, foi a de inaplicabilidade da Lei 8.429/92 (Lei de Improbidade Administrativa) a prefeitos municipais.
“O processo trata de fatos gravíssimos, que incluem inequívoca falsificação documental, desvio de mais de R$ 16 milhões de cofres públicos, e a constatação de uma verdadeira quadrilha destinada a fraudar licitações e promover a “montagem” de procedimentos administrativos para legitimar a dilapidação do patrimônio municipal”, assinala o juiz Paulo de Assis Ribeiro em decisão que traz como fundamentos a Lei de Improbidade Administrativa e jurisprudências do STJ e do Tribunal de Justiça do Estado.
Bia Venâncio terá 15 dias para contestar as duas ações, sob pena de revelia e confissão. Enquanto durar o afastamento, o cargo de prefeito será ocupado pelo vice. Cópia da decisão foi entregue ao Banco do Brasil e outros bancos que possuem relação com Paço do Lumiar.
Na Ação Civil Pública contra atos de nepotismo o juiz Angelo Antonio Alencar dos Santos fixa multa diária de R$ 5 mil para o descumprimento da medida liminar. A multa é dirigida à prefeita, e não deve ser suportada pela Fazenda Pública Municipal, escreve o magistrado na decisão.

Prefeita de Brejo de Areia pode perder cargo e ser presa por fraude no PSF e nepotismo.

Fraude com a contratação irregular de três parentes desviou cerca de R$ 200 mil por ano.
Blog do Marcelo Vieira.
Ludmila Miranda


A prefeita de Brejo de Areia, Ludmila Almeida Silva Miranda, ao que parece, apronta todo tipo de desmando no município que administra. Ela será alvo de uma investigação, onde é acusada de cometer fraude no PSF(Programa de Saúde da Família) e de nepotismo, além de outros crimes contra o erário.
Ela também é acusada de não aplicar quase R$ 500 mil do Fundeb.
Caso as denúncias sejam confirmadas, a prefeita Ludmila Miranda será penalizada com a perda do cargo.
Em quatros anos, a prefeita desviaria quase R$ 1 milhão de verbas federais destinadas ao PSF.
Na semana passada, o Ministério Público Federal recebeu representação contra a prefeita, acusada, entre outras irregularidades, de fraudar o PSF para beneficiar familiares(nepotismo).
A prefeitura contratou para o quadro do PSF do município de Brejo de Areia, o médico José Miranda Almeida(marido da prefeita), o estudante de medicina, Ricardo Almeida Miranda(filho da prefeita) e o odontólogo Miguel da Costa Ribeiro(tio da prefeita).
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